Mostra as origens do cangaço, movimento armado de bandoleiros no Nordeste entre 1935 e 1939, com entrevistas de alguns sobreviventes da luta, policiais e cangaceiros. Entre os entrevistados, o prof. Estácio de Lima, Catedrático de Medicina Legal da Universidade da Bahia e Diretor do Museu de Antropologia (onde se encontram as cabeças dos mais famosos cangaceiros), que apresenta a sua teoria da origem dos cangaceiros ligada à predisposição criminal, distúrbios endócrinos e fatores morfológicos tipicamente caraterizados naqueles indivíduos. Partindo destas afirmações, a entrevista com o vaqueiro Sr. Gregório expơe a vida do sertanejo como sendo a mesma dos seus antepassados, ou seja, marcada pelo abandonado, exploração e rebeldia. É apresentado o cel. José Rufino da Polícia Militar Baiana, responsável pela perseguição e morte de mais de 20 cangaceiros, cuja história é mostrada entremeada pelas sequências autênticas de filmes realizados em 1936 por Benjamin Abrahão, um mascate árabe que conseguiu filmar o famoso bando de Virgolino Ferreira da Silva, o "Lampião". Contando seus combates mais perigosos o cel. Rufino apresenta também ex-cangaceiros e ex-perseguidores que contam suas histórias, entre os quais Leonício Pereira que cortava as cabeças dos cangaceiros "para que fossem tiradas fotografias".