Vlado, trinta anos depois. No dia 25 de Outubro de 1975, Vlado ( o jornalista Vladmir Herzog) acorda de manhã e se despede da mulher, CLARICE: ele deve se apresentar ao DOI-CODI, órgão da repressão política do regime militar, para um depoimento. Conversam, Clarice ainda expơe suas dúvidas se ele deve se apresentar: vários amigos, jornalistas estão presos e sabe-se que são torturados. Mas Vlado se recusa a fugir, considerando que é um homem transparente, alheio à clandestinidade e que nada deve temer. No entanto, no fim da tarde do mesmo dia, a família e amigos de Vlado recebem a terrível notícia: Vlado estava morto e, segundo fonte oficial, teria se suicidado na prisão. O filme revelará a trajetória do jornalista, desde sua infância, na Yuguslávia, fugindo da perseguição nazista, suas idéias políticas, sua militância, seu senso de ética, até sua posse como Diretor de Jornalismo na TV Cultura de São Paulo e a perseguição a ele iniciada naquele momento . E o horror dos porões do regime militar, onde imperava a tortura e os assassinatos políticos. Diante da notícia da morte de Vlado, a reação é imediata, primeiro da própria Clarice, dos amigos e da sociedade, exigindo a apuração e recusando a farsa montada para a morte do jornalista. Essa reação fez da morte de Vlado um marco na luta pela redemocratização do país.